Hebert entropia

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

O Nascimentos dos Números

 

Em 1960 foi descoberto um pequeno osso com mais de 22 mil anos. Além de ser bem antigo, este ossinho é testemunha de um dos maiores feitos intelectuais do homem: o conceito de número. Este objeto é conhecido como "osso de Ishango", por conta do nome da região Africana onde ele foi encontrado. Nele estão talhadas uma série de cortes agrupados de tal modo que revela uma compreensão numérica que vai além de uma simples contagem.




Este foi o começo dos números, e de simples marcas em ossos de animais pré-históricos, se tornaram uma das ferramentas mais poderosas da humanidade, marcando, assim, a última parte do período PALEOLÍTICO, Desta época  foram encontrados anzóis primitivos, machados de mão, agulha de osso, entre outros. É também caracterizado pela arte rupestre.

Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação à natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.

Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.

Esta diferença em relação ao desenvolvimento da criação matemática está associada ao surgimento de grandes cidades ou centros urbanos. Com isso foi possível organizar, armazenar e distribuir alimentos, além de ter uma ideia do número de habitantes e recolher impostos.

Arte Rupestre

Já num período posterior, na Idade Antiga (caracterizado pelo desenvolvimento da escrita), os babilônios, por exemplo, usavam um sistema de escrita chamado cuneiforme. Eles representavam as unidades com cunhas e desta forma simbolizavam os números de 0 a 9. Para representar o número dez usavam uma cunha colocada horizontalmente. Para escrever os números do 1 até o 59 estes dois símbolos eram suficientes.



O 60 era um número muito especial para eles e era a base do seu sistema numérico. Este número traz suas vantagens, porque é o menor número divisível por 2, 3, 4, 5 e 6, além de ter também como divisores o 10,12,15, 20 e 30.  Isto sugere que ele não foi escolhido por acaso, mas sim por conta das suas propriedades, o que nos faz pensar que os babilônios tinham um grande domínio da aritmética. 

Este povo deixou sua marca até hoje: observe por exemplo, que dividimos as horas do dia em 60 minutos, e um minuto por sua vez, possui 60 segundos. A mesma coisa acontece com a medida dos graus de uma circunferência, que tem no total 360°, que é 60x6.

Isto começou pois estes povos contavam, não com os dez dedos (sistema decimal), como nos dias de hoje, mas com as 3 falanges dos 4 dedos, excluindo o dedão, que servia para marcar esta contagem (Como mostra a imagem abaixo). Com isso 3x4=12. E por isso o 12 era um número tão importante, e até hoje recebemos esta herança ao contarmos 12 horas por dia, 12 meses por ano, uma dúzia de bananas e etc. ESTE É O SISTEMA DUODECIMAL! 


Marcando a cada 12 unidades um dedo da outra mão, tinha-se 12x5 = 60. E por isso a importância destes números tão utilizados até os dias de hoje: 12, 60, 360 e seus divisores, como o 24 que marca o nosso dia em horas!





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