Hebert entropia

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Escola sem partido, Paulo Freire, Gramsci, Haddad, Lemann e BNCC

- Professor do estado analisa influencia do metacapitalista Paulo Lemann (dono de monopólios, como AMBEV) influenciou na formação da base nacional curricular comum - BNCC.
- MEC na época de Haddad como ministro lança coletania de livros em comemoração dos 80 anos do ministério com muitos escritores comunistas, inclusive Antonio Gramsci que nao é pedagogo, é simplesmente um filósofo Marxista.
- Análise da falta de debate político no ambiente educacional por parte da gestão.
- Análise das origens neoliberais do PROUNI e do verdadeiro conceito de capitalismo.
- Análise do texto de Paulo Freire




Metacapitalistas brasileiros, Kroton, Ambev, Soros brasileiros

Os homens mais ricos do Brasil (George Soros brasileiros) em conjunto com o Estado caem em um ciclo de poder político e poder de mercado (corporativismo) impossibilitando a livre concorrencia, com a formação de monopólios, oligopólios e suas variáveis. Ou seja, são capitalistas que já nao respeitam o capitalismo, numa espécie de economia fascista... são os Metacapitalistas!



Este esquema é bem relatato no documentário NETFLIX por Robert Reich, economista norte-americano e ex-secretário de Trabalho da gestão Clinton.

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Aprenda Física com PUBG - Deslocamento

Aprenda Física jogando PUBG!

- Cinemática (conceito e origem da palavra)
- Diferença entre cinemática e mecânica
- Simbologia matemática
- Deslocamento (Delta S)
- Cálculo



Função matemática de Barney Stinson - How I met your Mother

Função LOUCA X GOSTOSA

Na série How I met Your Mother, Barney faz uma teoria na qual uma mulher pode ser bem louca se ela for bem gostosa... existe um equilíbrio matemático aceitável entre estas duas grandezas!





Física Zeitgeist - Apresentação do canal

Compilado dos assuntos tratados no canal, pelo professor Hebert Alvares @hebert_entropia



sexta-feira, 12 de junho de 2020

Coringa, uma análise sociopolítica (Direita x Esquerda)

Coringa – Direita ou Esquerda?

Omelete | Coringa (Joker, 2019)

Agora vou analisar o filme em seus aspectos político-econômicos com um pouco mais de profundidade, não a profundidade necessária para entender a complexidade do tema, pois isto demanda uma vida de dedicação, mas a profundidade possível no momento, que já será suficiente para romper o tecido da superfície em que ficam a maioria das ideologias dos intelectuais de orelha de livro.

Se você pesquisar no google e começar a ler as críticas políticas do filme vai perceber que TODAS elas vão dizer a mesma coisa, o filme retrata uma sociedade capitalista doente com seu capitalismo selvagem e seu projeto neoliberal, pensando somente no lucro do capital e esquecendo da humanidade, deixando a maior parte do povo à margem da riqueza, criando assim uma revolta contra o próprio sistema, em que o Coringa foi o símbolo.

 Vou ir um pouco além disso e investigar os aspectos ideológicos do filme em detalhes.

Sindicatos

O filme começa com um jornal da rádio noticiando a greve do sindicato dos lixeiros, já trazendo de cara um aspecto que pode ser analisado a partir do antagonismo entre” direita” e “esquerda”. Logo em seguida à notícia sobre o sindicato dos lixeiros vem uma notícia sobre o sindicato dos proprietários de imóveis, já deixando implícito uma contradição entre as ideologias, enquanto os socialistas acreditam que os sindicatos trabalhistas são ferramentas importantes para a justiça social, a direita tem como uma de suas bases fundamentais a crença no direito natural de propriedade como um dos alicerces para a criação de uma sociedade justa. Pode parecer loucura perceber este detalhe, porém não é o único explorado pelo diretor Todd Phillips*.

Um dos pilares principais da esquerda é a “luta de classes”, por isso  os movimentos sindicais são defendidos, na causa humanitária, por lutarem contra as explorações capitalistas, exigindo melhores salários e melhores condições de trabalho afim de diminuir as injustiças sociais, num mundo onde os burgueses abocanham a maior parte do lucro deixando somente  migalhas para serem distribuídas entre os pobres, gerando a famosa pirâmide capitalista. O Estado deve, então, ser responsável por prover políticas públicas que detenham o crescimento da mais-valia em detrimento da distribuição igualitária de renda, transformando a sociedade em um ambiente sem diferenças discrepantes e injustas, dando oportunidades iguais para todos.

A direita, por sua vez, não acredita na luta de classes, mas sim que o laissez faire, ou seja, o livre mercado, traz prosperidade à nação que consegue aplicá-la em sua inteireza (Adam Smith – A riqueza das nações). As desigualdades existem e são naturais, mas todos prosperam no final. Para isto é preciso que o mercado esteja com suas engrenagens bem engraxadas, os sindicatos, em sua grande maioria, representam ferrugens que atrapalham este movimento em direção à riqueza das nações, pois o salário deve estar submetido às leis do mercado, tratando o empresário como um cliente que compra pelo o capital humano (força de trabalho) com um preço que se regulará seguindo à lei de oferta e demanda. Este preço vai ser um dos custos de produção, que refletira no preço final do produto vendido no comércio e é muito importante, pois representa, assim como o preço de todas as coisas, um ente que carrega informações sobre as necessidades dos consumidores.

Quando, então, este valor é pré-fixado com algum acordo, fora da dinâmica natural do mercado, acaba por gerar distorções nesta informação que implicarão numa série de problemas econômicos que trarão como consequência a pobreza; assim, os economistas liberais explicam que as crises do capitalismo, como as de 1929 e 2008 são decorrentes destas distorções. Do mesmo modo que interferir arbitrariamente nos salários resulta em aumento de preços, interferências (pelo governo, ou grupos poderosos) em qualquer variável macroeconômica: taxa de juros, câmbio, impressão de moedas, facilitação de créditos, resultarão num mercado que não expressa a vontade dos consumidores, e essa “mentira” acabará estourando em algum momento, sendo, este fenômeno, mais conhecido como estouro da bolha.

Isso pode ser visto na teoria austríaca dos ciclos econômicos, estes austríacos que são chamados de neoliberais e explicam que as depressões são causadas por políticas públicas intervencionistas, contrariando o senso comum, influenciado pelo pensamento de esquerda, que acredita num capitalismo intrinsicamente cíclico, ou seja, tem seu boom (expansão) e seu bust (recessão).

Laranja mecânica

Herdeiro de Aécio: A LARANJA MECÂNICA

Logo no início vemos uma cena que mostra como a cidade de Gothan está passando por um momento de crise, suja e violenta, mostrando jovens roubando e espancando o palhaço em um beco, remetendo ao clássico de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica, onde, em uma sociedade devastada, jovens espancam um velho por puro prazer na crueldade (conceito de ultraviolência).

Também vemos como Arthur Fleck percebe que as coisas estão ruins e a assistente social explica isso como uma tensão de classes “eles não ligam para pessoas como você, e como eu”.

Com isso podemos pensar de novo nas diferenças de visões ideológicas, enquanto a esquerda culpa o capitalismo selvagem pela criação de desigualdades e consequentemente violência, a direita conservadora encara este episódio como a degradação dos valores morais, e das instituições (família, igreja, leis, ...).

Assistência social

Arthur conversa com a assistente social LEGENDADO - CORINGA - YouTube

Chegamos, então, em um ponto crucial de divergência, enquanto a esquerda defende que o Estado deve assumir o papel de proporcionar igualdade de oportunidade aos cidadãos, a direita defende que o Estado gera pobreza, desigualdade levando a sociedade a um estado de servidão (Hayek – O caminho da servidão).

Podemos notar na cena, em que Arthur está numa consulta com uma assistente social, ele percebendo que ela não está prestando atenção nos seus reais problemas, ela nunca ouviu o que ele realmente tinha a dizer e nunca pensou nos seus reais problemas, aflições e visões do mundo e de si mesmo, sua consulta era mecanizada, sempre com as mesmas perguntas, sempre o mesmo protocolo; a sala era a típica de um serviço público: conseguimos sentir o cheiro de almoxarifado, com aqueles arquivos velhos empilhados juntando poeira há anos.

Com isso podemos refletir sobre nossa discussão principal. A esquerda defende o estado de bem estar social, ou seja, os serviços básicos e fundamentais devem ser obrigação do Estado, pois estes não são mercadorias para serem tratados no mercado. Já os liberais econômicos acreditam, não em simplesmente ignorá-los (omo pensa a maioria sobre a direita) mas, que as leis de mercado tornarão todos os serviços, inclusive os fundamentais, mais eficientes. Mesmo que o governo possa dar alguma assistência a quem não conseguir acessá-lo sozinho, deve ser algo emergencial e como dotes dados aos mais pobres ao invés de deixar os serviços sendo administrados pelo governo ineficiente. Posso dar o exemplo do Milton Friedman (também neoliberal, mas da escola de Chicago), que propõe que as escolas sejam particulares, ou seja, o governo não terá mais o custo de arcar com a escola e não será mais responsável pela geração da qualidade de ensino (falta de qualidade), mas ele será responsável pela fiscalização, para que todas as escolas tenham pelo menos um currículo mínimo comum e, aos que não tiverem condições de pagar pelos estudos, o governo proporciona um voucher, dando uma quantia às famílias para que elas mesmas decidam em qual escola colocar os filhos. Com isso o mercado fará das escolas muito mais eficientes, e autônomas, além de atingir a todos, democratizando o ensino (Friedman, M. – Capitalismo e liberdade).

Capitalismo Selvagem

À primeira impressão deixada é a de que Coringa é um fenômeno decorrente das injustiças do capitalismo, a cidade está toda submersa neste ambiente da luta de classes, os jornais, as manifestações, a eleição de um barão de bucho cheio que frequenta os salões da aristocracia e a própria assistente social. No meio desta guerra, o Coringa surge como um símbolo da quebra do establishment. Porém, quando colocamos nossa roupa de mergulho e afundamos novamente na profundidade da realidade, damos de cara com um homem que foi vítima, não do capitalismo selvagem, mas da falta de amor familiar.

Podemos ver isto ao analisar as condições econômicas do Arthur: ele era um homem com uma doença terrível, causada por traumas cranianos que os namorados de sua mãe lhe causaram, ainda assim, ele morava em uma residência relativamente boa (melhor do que a minha) e tinha um emprego que não representava a total alienação descrita por Marx, onde o trabalhador realiza uma tarefa que não faz sentido algum, é apenas um meio de conseguir sua subsistência e sua função não lhe proporciona satisfação alguma (Marx K. – O capital). No caso de Arthur, vemos um artista, que trabalhava ajudando criancinhas doentes no hospital, brincando e dançando! Ou seja, era um emprego com condições de lhe proporcionar muita satisfação pessoal e nenhuma alienação; o próprio diz adorar o emprego (na cena em que está sendo demitido por levar um revolver à apresentação).

Depois de ser demitido, ele ainda teve chance de ser um Comediante de Stand-up, mostrando a mobilidade que uma economia capitalista proporciona. Mesmo tendo falhado em decorrência de sua risada crônica, ele teve a oportunidade de se apresentar na televisão, no talk show de maior sucesso no país. Claro que  só conseguiu esta chance pois o apresentador Franklin Murray (Robert de Niro) estava caçoando de seu vexame público, porém isto não anula o fato de que um mercado pujante oferece oportunidades incontáveis para todo tipo de talento, além dos teóricos capitalistas precerem que o ser humano é egoísta por natureza e a economia é baseada nisto. O estado, tem, então, papel protagonista emmanter a ordem e a segurança com suas instituições, seus poderes independes e sua constituição.

 "O que vai gerar a riqueza das nações é o fato de cada indivíduo procurar o seu desenvolvimento e crescimento econômico pessoal"

- Adam Smith

 Ao contrário, os comunistas, professam uma sociedade utópica, o fim do Estado e da exploração, como se isso fosse elevar naturalmente o homem a um estado de harmonia com seus semelhantes.

“Os comunistas se recusam a dissimular suas opiniões e seus projetos. Proclamam abertamente que seus objetivos não podem ser alcançados senão pela derrubada violenta de toda a ordem social passada. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder se não suas cadeias. Tem um mundo a ganhar.

Proletários de todos os países, uni-vos!”

- (Marx/Engels – o manifesto do partido comunista)

Família

Chegando então ao final de minha análise, não poderia deixar de falar do tema central do filme, a instituição família!

            Por fim, quando o apresentador Murray pergunta ao palhaço se ele estava pintado porque pertencia a algum movimento social, Coringa respondeu que não era político e  não estava interessado nestas coisas. E realmente, ao longo do filme é claro que Arthur tem um drama pessoal que foi transformado involuntariamente em um símbolo da revolução que estava por vir. É óbvio que ele se inflamou e sentiu prazer em alguns momentos, sentindo-se percebido pela sociedade, com o conforto do sentimento de pertencimento ao ver pessoas o imitando, e até o idolatrando, porém aquela luta não era a dele, em vários momentos do filme quando é mostrado seus sentimentos e ambições, se nós, espectadores, prestarmos a atenção, que deveria ser o objeto principal de trabalho da assistente social, que estava pensando mais em seu emprego público e em como não ligavam para pessoas como ela, vamos perceber que o que ele mais queria era o ceio familiar.

Temos a cena onde ele sonha estar na plateia do seu programa televisivo favorito, onde é percebido pelo apresentador e chamado ao palco. Neste momento, Murray ignora toda a plateia e diz com estima que trocaria todo aquele show para ter um filho como Fleck. Com isso podemos notar que seu problema mais profundo era a falta de uma família e não um problema econômico ou profissional ou seja lá o que as injustiças sociais trazem aos homens.

Também temos a cena onde ele, enganado por sua mãe, acreditando ser filho de Thomas Wayne [(ou seja, irmão do Bruce Wayne (Batman)] e ao encontrá-lo no cinema, se despe de sua roupa roubada de garçom (numa simbologia perfeita de sua saída do mundo de classes em guerra e entrada num mundo de ternura familiar) e tenta conseguir o afeto do pseudo pai, mostrando que a única coisa que ele desejava naquele momento era ter um pai que o abraçasse.

É importante notar outra delicadeza do diretor ao colocar, nesta cena do cinema, o filme tempos modernos de Charlie Chaplin, uma obra incrível de crítica ao capitalismo industrial.

Fim

O ver este filme através da superfície somos levados a crer que  Thomas Wayne, um burguês explorador que se tornaria prefeito de Gothan city, engravidou uma empregada e a jogou na rua para criar o filho sozinha, Arthut Fleck, vítima desta atrocidade, cresceu marginalizado, pobre e doente tendo por fim, e por consequência óbvia, se tornando o pivô de uma revolução contra os ricos onde, em meio ao caos, a justiça foi feita: Um assassinato daquele que gerou miséria e violência.

Porém, ao ir um pouco ao fundo, vemos que Thomas Wayne não era o pai de Arthur, e que não foram as injustiças do capitalismo que criaram o Joker, mas a falta de compaixão.


Função para além da matemática - Efeito borboleta

    Quando procuramos a definição matemática de função é isto o que encontramos definições que costumam deixar os estudantes entediados: Função é uma relação entre dois conjuntos, estabelecida por uma lei de formação onde cada elemento do conjunto X é levado a um único elemento do conjunto Y

O que é função? - Brasil Escola

    Esta é uma definição formal e chata, pois é abstrata: o conjunto domínio dos elementos X não têm significado algum para um estudante comum de 15 anos de idade, então associar a isto um outro conjunto imagem Y do qual o aluno está ainda menos interessado e fazendo esta junção através de uma Lei que não representa nada não trará muito resultado a menos que você esteja no Japão!

Eu prefiro pensar em função como a relação entre coisas reais!

  “Minha alucinação é suportar o dia a dia

         Meu delírio é experiência com coisas reais

         Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha

         Blue jeans em motocicletas, pessoas cinzas normais

         Os humilhados do parque com os seus jornais, 

         me interessam mais!"

BELCHIOR

                               Nenhum processo físico é isolado: um evento, toda ocorrência, possui um vínculo íntimo com sua vizinhança. Isolar as causas maiores e separá-las de outras causas possíveis tem sido uma arte tratada com muito cuidado. Quando pensamos em qualquer acontecimento, pensamos nas causas que o influenciam diretamente. Se quero comprar um videogame, penso em como vou conseguir dinheiro, isto está relacionado ao trabalho, às horas trabalhadas e quanto eu ganho por hora. Ou seja, eu ter um produto é função do tempo e do salário.

                Qualquer parte da vida que analisarmos vai ser função de algumas variáveis, se eu pensar em emagrecer, tenho que calcular a quantidade de calorias que tem cada alimento que como e na quantidade de energia que gasto nos meus exercícios diários, ou seja, uma dieta será função proporcional das calorias ingeridas e inversamente proporcional da energia que gasto. Claro que existem outras variáveis, como a genética, o metabolismo e infinitas outras, porém, quando analisamos um problema tentamos achar as variáveis mais importantes.

                Seguindo o raciocínio, tudo no mundo está interligado, não há nenhum componente isolado da influência de diversos outros componentes. Esta conexão foi muito explorada no filme Efeito Borboleta de 2004, onde ao tentar mudar um evento, o personagem representado pelo ator Ashton Kutcher, desencadeava uma série de eventos que fugia de seu controle, mostrando um pouco a Teoria do Caos, que diz que o simples bater de asas de uma borboleta pode influenciar o curso natural de infinitos eventos, podendo ocasionar até um furacão do outro lado do mundo.

Efeito Borboleta (filme) – Wikipédia, a enciclopédia livre

                Como tudo está conectado, seria impossível tomar alguma decisão, escolher entre um caminho e outro, uma roupa e outra, uma profissão e outra, um curso e outro, entre casar ou comprar uma bicicleta..., qualquer simples escolha se tornaria uma gigantesca psicose tendo em vista as infinitas variáveis relacionadas num simples ato banal, e se pensássemos nas decorrências desencadeadas por isso, ficaríamos ainda mais histéricos! Você já pensou que ao dar sinal para que um ônibus passe? Este simples gesto mudou a vida de 40 pessoas que não pararam por alguns segundos no seu ponto, e cada 40 futuros mudados vão mudar os futuros de todas as pessoas com que elas vão entrar em contato, ainda de todos os carros que estão no trânsito ao redor deste ônibus e cada influência de cada um desses carros em seus contatos futuros com todas as outras pessoas. Tudo isto é apenas uma simplificação, Se eu fosse mais minucioso no detalhamento de influências gerados ficaria eternamente escrevendo este texto.

                Sendo assim, nos contentamos em ter um leve “controle” sobre nossas ações nos baseando nas consequências mais previsíveis, nas variáveis com influência mais perceptível. Podemos chamar isto de simplificação.

                Assim como nos exercícios de física, acabamos tomando algumas considerações a priori, como desconsiderar a resistência do ar na queda de um corpo, ou o atrito entre um bloco puxado e o chão; na vida também temos que desconsiderar a infinidade de variáveis existentes em cada situação. Quando vamos ao dentista, nos concentramos no problema causado em um único dente por uma cárie, não pensamos que para sentir dor precisamos estrar vivos e para isto é necessário que o coração e todos os órgão responsáveis pela nossa saúde estejam funcionando minimamente bem e que nosso corpo precisa mandar um pulso elétrico para que o cérebro identifique um mal funcionamento no dente. Ainda com toda essa simplificação, o dentista tem sucesso em sua especialidade. Podemos conceituar então a especialidade de cada profissional ou pesquisador como a simplificação de um cenário global em um intervalo local!

                Não só os profissionais e especialistas fazem isto; temos que agir assim o tempo todo! Temos que nos concentrar no presente e no alcance imediato de nossas ações para que não nos sintamos tão impotentes por sermos causa de infinitos efeitos anteriores e causarmos efeitos em infinito eventos ulteriores. Risco a dizer que o mal do século, a ansiedade, está intimamente ligada a tudo isto que acabo de abordar.

                Voltando então para o tema central, as funções matemáticas:

As funções tem um papel fundamental nesta simplificação, ela nos permite identificar quais são as causas imediatas relacionadas a uma grandeza, ou seja, relaciona um elemento X, que pode ser o número de mortes causados por Covid-19, ao elemento Y, que pode ser o número de infectados. E isto vai respeitar uma lei de relação, que pode ser a quantidade de respiradores disponíveis nos hospitais.

                Este foi só um exemplo utilizando um problema que o mundo está enfrentando no momento, porém, podemos analisar qualquer coisa no mundo sob a forma de uma função, pois tudo mundo está conectado e cabe a nós escolhermos as variáveis mais importantes!