Diógenes o cínico, de Sínope, pupilo de Sócrates, foi um grande sábio que
escolheu viver como mendigo nas ruas de Atenas, morava em um barril e desprezava
o apego material e a hipocrisia da sociedade. Teve como objetivo de vida desbancar as
instituições e valores sociais do que ele via como uma sociedade corrupta.
Andava
aos trapos, rodeado de cachorros e a única coisa que tinha era uma lamparina
que carregava acesa pelas ruas procurarando, pelo menos, um homem de verdade, um que vivesse por si mesmo, que não fosse apenas membro
de um rebanho.
*Quantos de nós seríamos reconhecidos como homens de verdade, Heim?
Diógenes quando questionado sobre sua naturalidade, se havia ou não nascido em Atenas, respondia simplesmente que era “uma criatura natural do cosmos, e não de uma cidade nem de um estado”. Por desprezar praticamente tudo o que considerava mundano, fazia da pobreza extrema uma virtude.
Sendo ele conhecido, também, como o cão, pela forma como vivia, Diógenes acreditava que os humanos
viviam artificialmente de maneira hipócrita e poderiam ter proveito ao estudar
o cão. Este animal é capaz de realizar as suas funções corporais naturais em
público sem constrangimento, comerá qualquer coisa, e não fará estardalhaço
sobre em que lugar dormir. Os cães, como qualquer animal, vivem o presente sem
ansiedade e não possuem as pretensões da filosofia abstrata. Somando-se ainda a
estas virtudes, estes animais aprendem instintivamente quem é amigo e quem é
inimigo. Diferentemente dos humanos, que enganam e são enganados uns pelos
outros, os cães reagem com honestidade frente à verdade.
Diógenes sempre
buscou a autossuficiência: uma vida que fosse natural e não dependesse das
luxúrias da civilização. Foi o exemplo vivo que perpetuou
a indiferença cínica perante os valores da sociedade da qual fazia parte e desprezava
a opinião pública.
Com uma vida totalmente contrária à de Diógenes, Alexandre III da
Macedônia, dito o grande ou Magno, foi um príncipe e rei da Macedônia. O mais célebre conquistador do mundo antigo. A sua carreira é sobejamente conhecida: conquistou um império que
era o maior e mais rico que já tinha existido.
Após triunfar sobre os gregos e entrar em Atenas como conquistador, ali
soube da existência daquele considerado um verdadeiro sábio pelos atenienses, o
mais sábio dentre os homens: Diógenes de Sínope.
Escutou que Diógenes morava num barril, nas proximidades de um porto, diziam. Alexandre, sabendo da enigmática busca empreendida por aquele estranho sábio, apressou-se em procurá-lo. Encontrando Diógenes sentado no chão ao lado de seu barril, tomando sol, o imperador, extasiado, apressou-se em lhe dizer: “Sou Alexandre, aquele que conquistou todas as terras. Peça-me o que quiser que eu lhe darei. Palácios, terras, honrarias, escravos ou tesouros jamais vistos. O que você quer, ó Sábio?”. Diógenes, levantou os olhos e respondeu: “Senhor, apenas não tire de mim o que não pode me dar”.
Percebendo
que se posicionara entre Diógenes e o sol, Alexandre, perplexo ante a
profundidade do que havia escutado, se retirou daquele lugar, deixando também a
Capital grega, para nunca mais voltar.
Penso que o Alexandre o Grande não foi lixo nem insensato (quando um sábio aponta para a Lua, ele não olhava para o dedo) para Alexandre o estudo era a luz da vida! diferença talvez é que o sábio, o suficiente é abundância!
ResponderExcluirVocê deixou de mencionar o este cínico fazia em praça pública... é na rua.