Hebert entropia

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Morre Arnesto, amigo de Adoniran Barbosa

Ernesto Paullele, que completaria 100 anos em dezembro, morre na tarde de hoje, 26/02/2014. O inspirador do clássico "samba do Arnesto", que convidou Adoniran Barbosa e os Demônios da Garoa, para o samba no Brás; o rolê miado, de 1935, ficou imortalizado em forma de samba paulistano.

Ernesto foi chamado, na música, de Arnesto, graças aos caprichos de Adoniran Barbosa em cantar errado representando a linguagem do povo periférico de sp: " Arnesto nos convidou, prum samba ele mora no Brás, nós fumos e num encontremos ninguém".

Quando questionado pelo amigo se havia gostado do samba, Ernesto declarou a ele: "Você me abriu ao meio. Esse samba foi a coisa mais bonita que me aconteceu".



terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

História de todos nós

No início dos tempos o universo explode e se transforma em cada átomo de toda a matéria existente,


inúmeras galáxias, incontáveis estrelas e bilhões de anos-luz.


Ao redor de uma estrela, um planeta azul, a Terra. 
Nenhum outro planeta conhecido possui as condições necessárias para a vida, nenhum possui atmosfera e água no estado líquido.


13 bilhões de anos após o universo começar, nasce uma espécie única, a humanidade!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fake plastic trees (poesia sem poema)


É tudo de plástico
Mas ela parece real
É tudo de plástico
Mas ela tem um gosto tão real

My fake plastic love

Um regador verde de plástico
Uma planta sagrada chinesa de borracha
A Terra férfil artificial
Tudo comprado de um homem sincero de cobre
Em uma cidade de plástico

Mas gosto é de verdade
não sei qual botão desliga o sentimento
But can`t help the feeling
Eu correria para sempre

No vácuo nada  se mistura
Aqui as fumaças se misturam
No plástico o verde tem mais píxels
Aqui eu me misturo

Meu amor inventado de plástico
Eu quero brotar no mundo inventado
Eu quero ser o que você inventou
Quando se esfarelou e queimou
If I could be who you wanted
All the time, All the time
Mas isso desgasta
Isso desgasta

Poesia sem poema

Eu sou pouco pra ser tudo
Eu sou tanto pra ser nada
Eu sou rico pra ser pobre
Eu sou classe média pra ser rico
Eu sou inteligente pra ser burro
Eu sou malandro pra ser nerd
Eu sou preto pra ser branco
Eu sou pardo pra ser preto
Eu sou gordo pra ser forte
Eu sou magro pra ser gordo
Eu sou bruto pra ser sensível
Eu sou profundo pra ser bruto
Eu sou alto pra ser baixo
Eu sou médio pra ser alto
Eu sou cético pra ter religião
Eu tenho fé pra ser ateu
Eu sou egoísta pra doar
Eu divido pra ser sozinho
Eu sou bonito pra ser feio
Eu sou feio pra ser lindo
Eu sou uma pedra de gelo
Eu pego tanto fogo

Morreu na contra mão atrapalhando o tráfego

Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir

A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir

Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair

 Deus lhe pague!!!


Chico Buarque - construção
Amou daquela vez como se fosse a última 
Beijou sua mulher como se fosse a última 
E cada filho seu como se fosse o único 
E atravessou a rua com seu passo tímido
O imigrande nordestino tímido que nunca largaria sua esposa, ela seria a última mulher em sua vida, arrumou um trabalho, deixou a mulher em casa com os filhos, filhos que educava como se fossem únicos.




Subiu a construção como se fosse máquina

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas

Tijolo com tijolo num desenho mágico


Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Se sentiu uma engrenagem da industria capitalista, aprendeu a trabalhar, fez paredes sólidas, se sentiu um mágico e se emocionou por ter uma função no mundo.



Sentou pra descansar como se fosse sábado

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe


Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago


Dançou e gargalhou como se ouvisse música


E tropeçou no céu como se fosse um bêbado


E flutuou no ar como se fosse um pássaro


E se acabou no chão feito um pacote flácido


Agonizou no meio do passeio público


Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Estava exausto, comeu por merecimento, se afogou na bebida, se sentiu livre, caiu de bêbado num cenário de trânsito metropolitano.



Amou daquela vez como se fosse o último


Beijou sua mulher como se fosse a única

E cada filho seu como se fosse o pródigo

E atravessou a rua com seu passo bêbado

Amou sua mulher como se fosse o último a amá-la, porém, já não o seria , ela já não era a única e ele já se tornara alcoólatra, antes atravessava a rua com seus passos tímidos, agora, bêbado. Seus filhos já eram tratados como despesas.



Subiu a construção como se fosse sólido

Ergueu no patamar quatro paredes mágicas


Tijolo com tijolo num desenho lógico


Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Trabalhou bêbado, como se estivesse sóbrio, ergueu paredes quase que por mágica, não sólidas como as de antes. Seus olhos já refletem a cidade grande, barulhenta e impessoal que dominou sua cabeça.



Sentou pra descansar como se fosse um príncipe


Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo


Bebeu e soluçou como se fosse máquina


Dançou e gargalhou como se fosse o próximo


E tropeçou no céu como se ouvisse música


E flutuou no ar como se fosse sábado


E se acabou no chão feito um pacote tímido


Agonizou no meio do passeio náufrago


Morreu na contramão atrapalhando o público
Sentou pra descansar se sentindo merecedor sem ser, comeu o feijão com arroz se fosse o máximo, bebeu como de costume, como uma máquina que repete sempre a mesma função, se sentiu livre como se tivesse terminado a semana, antes de terminar, se sentiu o próximo a tirar sorte grande, como se a vida estivesse no rumo certo. Se afogou em seu excesso.



Amou daquela vez como se fosse máquina


Beijou sua mulher como se fosse lógico


Amou como uma máquina, máquina não ama, máquina repete a lógica programada.
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas

Sentou pra descansar como se fosse um pássaro


E flutuou no ar como se fosse um príncipe


E se acabou no chão feito um pacote bêbado


Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Alma gêmea ou apenas química?

 O termo hormônio provem do grego e significa excitar. 

Estes são os culpados por você querer fazer “amorzinho”.
                     TESTOSTERONA




Este é o culpado pelo seu coração bater rápido e você sentir borboletas no estômago.
Norepinephrine structure with descriptor.svg
NORADRENALINA



Esse é o culpado por você sentir prazer ao pensar na pessoa “amada”, eles também te dão prazer quando come chocolate ou usa alguma droga.

    
                                    DOPAMINA                                 ENDORFINA



Esse é o culpado por você ficar obcecado pela pessoa “amada”.
Essas substâncias produzidas em nosso corpo são muito parecidas com drogas do tipo anfetaminas.

SEROTONINA


E todos eles são culpados por você se tornar um idiota!